quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Alternativas a Herrera


O meio-campo do FC Porto tem um problema, não há como o negar. E, embora a tentação seja enorme, não digo que esse problema se chame Herrera. Prefiro dizer que o internacional mexicano não se enquadrou bem no sistema de jogo. Nem na equipa. Há quatro épocas contando já com esta. O que é certo é que, por muito que se esforce - e acredito que o faça -, as coisas teimam em não lhe correrem bem. Face a esta situação decidi reflectir que alternativas restam a Nuno, sempre dentro do 4-4-2, para substituir Herrera no onze.

O regresso à origem


Foi este o primeiro meio-campo a quatro que Nuno escolheu. Nesse jogo, no Dragão frente ao Vitória de Guimarães, o FC Porto venceu e André André foi considerado o melhor jogador em campo. Acabou por perder o lugar porque, na opinião de muitos portistas, não fazia nada mal mas também não se destacava em nenhuma vertente. Se foi essa a justificação do treinador para lhe retirar a titularidade torna-se difícil justificar porque a mantém Herrera.

O homem da casa


Dado como dispensado por muitos, foi com enorme surpresa que o universo portista viu Sérgio Oliveira ser apresentado e logo como a camisola 3. Pouco tempo depois, acabadinho de regressar dos Jogos Olímpicos, foi opção para o jogo da segunda mão do playoff de acesso à Champions frente à Roma. Com o FC Porto a jogar na táctica com que a Selecção Sub-21 de Portugal atingiu a final do Campeonato da Europa da categoria, Nuno ganha em Sérgio um jogador capaz de desempenhar qualquer um dos quatro lugares do meio-campo.

O renascer de Rúben


Actualmente na terceira época na equipa principal dos Dragões, Rúben Neves tarda em afirmar-se, apesar de uma primeira temporada prometedora. Ter primeiro Casemiro e depois Danilo como principais concorrentes pelo lugar não ajudou, mas o jovem internacional português tem vindo a mostrar recentemente que merece ser considerado nas contas pela titularidade. Habituado à posição 6 e com uma visão de jogo e qualidade de passe bem superior à média, Rúben seria um companheiro de luxo para Danilo nas tarefas defensivas o que, automaticamente, daria um pouco mais de liberdade a Otávio e Óliver para apoiar o ataque.

Irreverência


O que se tem passado nos últimos jogos do FC Porto é tão fácil de explicar e de perceber que chega a ser desesperante constatar que o treinador ou não vê ou simplesmente não quer ver. Otávio, jogando melhor ou pior, lá consegue cumprir os mínimos para a posição de médio-interior, uma função híbrida entre o médio-centro e o extremo. Do outro lado Herrera está longe de o fazer. O resultado é simples: a equipa tem tendência a pender para o lado esquerdo, onde aparece também preferencialmente Diogo Jota, deixando Layún abandonado na direita e com a responsabilidade de dar sozinho largura e profundidade a esse flanco. Sabendo de antemão que a maioria dos adversário jogará fechada, especialmente no Dragão, Nuno não pode ter medo de jogar com Corona ou Brahimi em simultâneo com Otávio.

A escolha lógica


Maxi foi o primeiro lateral-direito de Nuno Espírito Santo como técnico dos Dragões, mas uma lesão de alguma gravidade atirou Layún para a titularidade. Desde então que o internacional pelo México se tem exibido em grande nível, justificando por completo a permanência no onze, ao mesmo tempo que o uruguaio vai mostrando serviço sempre que é chamado. A solução está à vista e até já foi testada por Nuno tanto na pré-época como ainda neste último jogo frente ao Brugge: Layún como médio.

Estas são apenas algumas opções válidas para o sector mais problemático da equipa. Cabe a Nuno escolher a melhor, porque a este ritmo tornar-se-á impossível manter Herrera como titular.

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