quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Mais curto, mais prático, mais dinâmico


Janeiro foi uma mês positivo para o FC Porto. A distância para o primeiro lugar diminuiu, a equipa conseguiu ultrapassar - com maior ou menor dificuldade - as muitas ausências de jogadores da equipa-base e ainda deu tempo para arrumar a casa.

Evandro, Sérgio Oliveira, Adrián e Varela saíram; Soares e Kelvin entraram; Depoitre está na porta de saída. O grupo de trabalho diminuiu, mas nem por isso deixaram de haver opções para todas as posições. Nuno Espírito Santo (NES) conta agora com um grupo de trabalho mais curto, mas também mais prático e mais dinâmico. Não esquecendo também que o plantel é agora mais ajustado ao sistema táctico usado preferencialmente (4-4-2), mas facilmente adaptável a outro qualquer, basta o treinador assim o querer.

Já eliminado das taças e com uma equipa B para recorrer em caso de necessidade, não faz o menor sentido ter um plantel tão extenso como o que iniciou a época. Olhando agora em retrospectiva, nem em Agosto fazia sentido manter tantos jogadores no grupo, uma vez que as oportunidades concedidas por NES aos menos utilizados foram escassas e bastante avulsas. A equipa-base está neste momento bem identificada, o que dificulta a vida a quem procura nela entrar, fazendo da diminuição do número de elementos no plantel uma boa notícia para esses jogadores.

O grupo de trabalho não foi enfraquecido, apenas diminuído. Os jogadores que saíram pouca ou nenhuma relevância tiveram na primeira metade da época e nenhum deles era ameaça aos titulares, estando apenas a disputar oportunidades de se mostrarem com outras segundas escolhas. A partir de agora essas oportunidades estarão menos dispersas e quem as espera sentir-se-á mais perto de as conseguir. Que o digam André André ou João Carlos Teixeira, por exemplo.

O FC Porto só tem a ganhar com um plantel mais curto e mais competitivo, uma vez que obriga os titulares a darem mais para manter os lugares e, ao mesmo tempo, tem os suplentes mais preparados a assumir a titularidade caso o treinador assim o entenda. Se a isto juntarmos o apoio que os adeptos têm dado à equipa, é com muita esperança no regresso do título de campeão para a Invicta que encaro o que falta de 2016/2017.