sábado, 19 de novembro de 2016

Como roubar um doce a uma criança


Tive a infelicidade de não poder ver o jogo que ditou o afastamento do FC Porto da Taça de Portugal e por isso não me poderei alongar muito sobre as opções de Nuno ou sobre as exibições dos jogadores, mas, depois de ver o resumo, há uma figura que salta à vista: João Capela.

Eu não sou daqueles que, talvez levados por um certo sentimento de superioridade, diz após um mau resultado que se os jogadores se tivessem esforçado mais ou não tivessem desperdiçado tantos lances que a vitória não escaparia. Isso até pode ser verdade, mas não desculpa tudo. O FC Porto tem sido prejudicado de forma sistemática e até agora, de toda a estrutura, apenas Luís Gonçalves foi objectivo nas críticas à arbitragem. Fora isso tem sido um silêncio absoluto que vai sendo cúmplice desta situação vergonhosa.

A realidade é que é muito fácil prejudicar o FC Porto. Vejamos o exemplo de Luís Filipe Vieira: esta semana foi castigado com umas suspensão de 60 dias porque no final do empate (1-1) entre Benfica e Vitória de Setúbal criticou fortemente a actuação do árbitro que até assinalou uma grande penalidade bem forçadinha a favor dos Encarnados. O resultado disto tudo são arbitragens como a de Artur Soares Dias no Clássico: teve um jogo bastante positivo e que em muito estava a beneficiar o espectáculo, mas na hora da verdade, quando se viu perante um lance de dúvida, decidiu contra o FC Porto e em favor do Benfica. Mitroglou joga a bola com o braço que depois vai também ao braço de Felipe, o que resulta num lance de golo anulado e, em simultâneo, uma grande penalidade por assinalar a favor dos Azuis e Brancos.

Nem sempre é possível jogar bem, isso é um facto. Muito menos quando a equipa é tão inexperiente no ataque e no meio-campo como é actualmente a do FC Porto. Mas, olhando a factos, sem erros de arbitragem neste momento o desfecho de todos os jogos em que os Dragões não venceram poderia ter sido outro. E por outro entenda-se favorável ao FC Porto. O problema é que ninguém do clube dá a cara. Protestar pelo Dragões Diário, pelo Facebook e até pelo site oficial torna-se praticamente irrelevante porque quase não faz eco na comunicação social.

Torna-se imperial que a administração do FC Porto saia do buraco onde tem vivido e assuma uma postura mais agressiva perante os sucessivos casos de prejuízo provocado pelas arbitragens que tem atrasado o clube na luta por troféus. São esses mesmos erros que têm ajudado escandalosamente os rivais de Lisboa e que contribuíram em grande parte para a seca dos últimos três anos. Se qualquer um dos funcionários do FC Porto - treinador, director geral, administradores, presidente, etc. - achar que não está à altura das exigências é porque chegou a altura de deixar outras pessoas entrarem no clube.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Os melhores jogadores jovens do FC Porto no Football Manager 2017

Curioso por ver a evolução de alguns jogadores mais jovens nos quadros do FC Porto? Eu também estava e, por isso mesmo, deixei a simulação correr durante cinco épocas, sem qualquer intervenção humana. Abaixo estão screenshots de alguns atletas que evoluíram o suficiente para serem, no mínimo, um jogador de rotação num plantel competitivo. Se tiver curiosidade em ver a evolução de alguém que não esteja na lista deixe o nome do jogador em questão num comentário que terei todo o gosto em satisfazer esse desejo.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Dar mais Porto ao Porto

João Pinto é uma figura incontornável do FC Porto e foi um dos grandes capitães da História do clube. Numa altura em que muito se fala da perda de mística no balneário e da falta de ADN portista no plantel, é com enorme prazer e esperança que vejo ser contratado um símbolo do FC Porto para fazer parte da estrutura.

Não sei que funções irá exercer como adjunto de Luís Gonçalves e espanta-me que o director geral precise de alguém a ajudá-lo no dia-a-dia, por isso imagino que o principal papel do antigo capitão dos Dragões será transmitir aos jogadores que estão agora ao serviço do FC Porto os valores do jogador "à Porto".

Numa altura que o clube atravessa um momento complicado quer a nível desportivo, quer a nível financeiro, é importante que toda a gente esteja de olhos postos no objectivo comum: trazer o título de campeão de volta para a Invicta. E quem melhor que João Pinto para relembrar diariamente ao plantel que com trabalho e união tudo é possível?

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O nome estava errado, mas a Visão está-se a cumprir


É impossível falar de Luís Castro sem falar no projecto Visão 611, ou não tivesse sido ele o escolhido pela SAD para funcionar como uma espécie de mentor para uma reestruturação que o FC Porto pretendia e que tinha como objectivo desenvolver jovens talentos ao ponto de serem aproveitados para o plantel principal, isto entre 2006 e 2011. Toda a gente percebeu que o projecto foi um fracasso, mas o FC Porto resistiu à tentação de tentar corrigir um erro com outro erro, que seria demitir o vila-realense. No entanto, Luís Castro ficou para muitos como sendo o único responsável pelo desastre que foi o Visão 611, mesmo que o mesmo estivesse destinado a falhar desde o início.

Digo-o porque faltava um patamar essencial para que os jogadores se pudessem desenvolver: a equipa B. De nada valia a um jogador de 19 anos ter qualidade se não jogasse, mas para jogar tinha de ser emprestado e sujeita-se às mais diversas dificuldades porque no FC Porto não teria espaço. Actualmente a história é bem diferente: desde o retorno das formações secundárias que tem sido possível ver aumentar o número de jovens promessas a trabalhar e jogar com o plantel principal, sendo que actualmente são vários os jogadores que compõem o plantel dos Dragões que passaram pela equipa B e pelas mãos do agora treinador do Rio Ave.

As intenções eram as melhores, sem dúvida, mas as condições não eram favoráveis e foi sem grande espanto que chegou o ano de 2011 e toda a gente constatou que nem de perto nem de longe a espinha dorsal do plantel era oriunda da formação. Algum tempo depois, na época 2012/2013, as equipas B são autorizadas a competir na Segunda Liga e aí a conversa começou a mudar, o que nos leva a pensar que o projecto não foi um erro, apenas o timing em que foi lançado. Ou há dúvidas que se tivesses actualmente na recta final de um projecto Visão 1217 que já se poderia considerar o mesmo um sucesso?

Luís Castro sai, levando na mal o título de campeão da Segunda Liga e um Dragão de Ouro para melhor treinador, mas todo o resto se mantém com a subida de José Ferreirinha Tavares, até agora treinador-adjunto, a treinador principal do FC Porto B. Para trás deixa jogadores de enorme pontencial, como por exemplo Verdasca ou Rui Pedro, alguns deles já caras bem conhecidas dos portistas, sendo o exemplo máximo André Silva. Olhando agora em retrospectiva posso afirmar que o FC Porto acaba de perder um homem que deu muito ao clube e que merece que as coisas lhe corram bem nesta nova aventura. Obrigado, Luís.